Uma denúncia que havia sido apresentada, em São Miguel do Guarporé, ao Ministério Público Eleitoral (MPE) há mais de dois anos deverá ser reativada, com documentos apresentados nesta sexta-feira (15) ao Cartório Eleitoral.
Anteriormente o MPE não prosseguiu as investigações porque os contratos com pessoas para trabalhar na campanha não apareceram, mas agora, depois de uma briga política, os documentos finalmente vieram à tona.
Conforme a denúncia, os vereadores Edimar Crispin e Arilson Valério teriam contratado diversas pessoas para trabalhar na eleição, mas os contratos não foram registrados na prestação de contas apresentadas à Justiça Eleitoral, caracterizando caixa dois.
Ainda conforme a denúncia, em alguns desses casos teria havido supostamente um esquema de compra de votos, mas isso ainda deverá ser verificado pelo MPE.
Em um dos documentos aparece o nome do vereador Edimar Crispin (PSB), e também um apelido, “Alemão”, que seria o vereador Arilson Valério (PSB), ex-presidente da Câmara de São Miguel. Com base nisso, um dos suplentes encaminhou a documentação ao MPE, para poder assumir o mandato caso aconteça alguma cassação pela Justiça Eleitoral.
Uma das ilegalidades que tem gerado perda de mandato e inelegibilidade é justamente a falha na prestação de contas da campanha, por isso esses documentos caem como uma bomba no cenário político de São Miguel.
O blog teve acesso a uma parte desses documentos, mas segundo o que foi apurado há mais coisas, como extratos bancários, o que poderá comprometer mais gente, se for comprovado também desvio de dinheiro desse caixa dois.
Edimar Crispin e seu grupo político se envolveram recentemente em uma confusão com o prefeito Cornélio Duarte, depois que este anunciou o apoio, nas eleições do próximo ano, ao secretário Adriano Soares, afastado da pasta de Gabinete e Administração.
A intenção do grupo de Edimar seria lançar novamente a candidatura a prefeito do Coronel Crispin, derrotado nas últimas eleições municipais.