Logo no início da manhã, os grevistas se concentraram em frente ao Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho
Porto Velho, RO – Trabalhadores da saúde vinculados ao Governo de Rondônia iniciaram nesta terça-feira (02) uma paralisação por tempo indeterminado em todas as unidades estaduais. A decisão foi aprovada na última sexta-feira (29), durante assembleia que reuniu membros do Sindicato dos Médicos de Rondônia (Simero), do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Rondônia (Sinderon) e do Sindicato dos Trabalhadores Administrativos do Estado de Rondônia.
Mobilização em Porto Velho
Logo no início da manhã, os grevistas se concentraram em frente ao Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho. Segundo representantes, alguns gestores teriam tentado desmobilizar o movimento, mas os trabalhadores mantiveram a decisão de prosseguir com a greve. Ainda conforme os sindicatos, está sendo buscado diálogo com o Governo do Estado para discutir reivindicações da categoria.
Reunião prévia com diretores clínicos
Na segunda-feira (01), Simero e Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) reuniram-se no Hospital de Base para alinhar orientações com diretores clínicos sobre o funcionamento das unidades durante a paralisação.
De acordo com deliberação, hospitais de urgência e emergência, como o Hospital João Paulo II, o Heuro, o Hospital Infantil Cosme e Damião, UTIs, centro obstétrico de alto risco e serviços oncológicos, deverão manter 100% dos atendimentos. Já hospitais e policlínicas que realizam procedimentos eletivos e consultas ambulatoriais – como Hospital de Base, Cemetron, Policlínica Oswaldo Cruz e Hospital de Retaguarda de Rondônia – funcionarão com 30% da carga horária.
Plantões extras e ausência da Sesau
O Simero também orientou que médicos não assumam plantões adicionais, prática que, segundo o sindicato, disfarça os problemas estruturais da rede pública. A reunião contou apenas com entidades médicas, já que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) não enviou representantes, o que foi interpretado pelos profissionais como ausência de diálogo em um momento considerado crítico.
Reivindicações
Entre os pedidos apresentados estão:
Revisão salarial, com entrega de uma proposta à Sesau ou à Casa Civil;
Ampliação do orçamento da Sesau, passando de 12,3% para 17% da receita estadual.
Os sindicatos afirmam que, na maioria dos estados, os percentuais aplicados à saúde são superiores ao de Rondônia.
Objetivos declarados
As entidades sustentam que a greve busca garantir melhores condições de trabalho, valorização profissional e um atendimento digno para a população.
Greve na saúde em Rondônia: principais pontos
Início: terça-feira (02), por tempo indeterminado.
Sindicatos envolvidos: Simero (médicos), Sinderon (enfermagem) e Sindicato dos Trabalhadores Administrativos.
Concentração: Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho.
Atendimentos mantidos (100%):
Hospital João Paulo II (urgência e emergência);
Heuro (Cacoal);
Hospital Infantil Cosme e Damião;
UTIs, centro obstétrico de alto risco e oncologia.
Atendimentos reduzidos (30%):
Hospital de Base;
Cemetron;
Policlínica Oswaldo Cruz;
Hospital de Retaguarda de Rondônia.
Plantões extras: médicos foram orientados a não assumir.
Reivindicações:
Revisão salarial;
Aumento do orçamento da Sesau de 12,3% para 17%.
Motivo declarado da greve: melhores condições de trabalho, valorização profissional e atendimento digno para a população.
Fonte: Tudo Rondonia