TCE-RO detecta melhorias e aponta falhas em UPAs de Porto Velho

Órgão identifica avanços no atendimento, mas aponta falhas estruturais, falta de insumos e necessidade de reforço no quadro de profissionais. Prefeitura tem cinco dias para adotar providências.

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou, neste domingo (23), uma nova rodada de fiscalizações nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e na Policlínica Ana Adelaide, todas gerenciadas pela prefeitura de Porto Velho. O objetivo é garantir melhorias no atendimento à população e assegurar condições dignas de trabalho para os profissionais da saúde.

Pacientes percebem melhorias

Usuários do sistema de saúde relatam mudanças positivas após a atuação do TCE. Maria Helena Neves, atendida na UPA da Zona Leste, elogiou o atendimento: “Fui muito bem atendida e agora já posso ir para casa.” Sua filha, Rosane Neves, destacou a rapidez: “O atendimento foi ágil e eficiente, fizeram todos os procedimentos necessários.”

Outro paciente, Elizardo da Silva, ressaltou a diferença no tempo de espera: “Há um ano, a espera era longa. Hoje fui atendido em 20 minutos. Essas fiscalizações precisam continuar.”

Profissionais reconhecem avanços, mas apontam desafios

Os profissionais de saúde também sentiram o impacto das fiscalizações. A enfermeira Graciete Carvalho destacou melhorias importantes: “O aparelho de raio-X voltou a funcionar, cadeiras quebradas foram substituídas e o apoio de gasometria foi restabelecido, tudo após as fiscalizações.”

Já a médica Camila Leseux reconheceu os avanços, mas alertou sobre problemas persistentes: “Ainda faltam medicamentos.”

Principais problemas identificados

Apesar dos avanços, a auditoria do TCE-RO apontou diversas falhas estruturais, falta de insumos e a necessidade de reforço no quadro de profissionais.

Policlínica Ana Adelaide: papelão no lugar de vidraça na farmácia, áreas inadequadas para descanso de médicos e enfermeiros e falta de materiais básicos, como luvas e medicamentos.
UPA Zona Sul: funcionamento satisfatório, com limpeza e organização adequadas, mas sobrecarga no uso do aparelho de raio-X e necessidade de treinamento para a equipe de laboratório.
UPA Zona Leste: equipamentos deteriorados, como macas e cadeiras, além de problemas em aparelhos para exames bioquímicos.

Todos os problemas foram registrados em relatório e encaminhados à gestão municipal, que tem um prazo de cinco dias para adotar providências.

Monitoramento constante

De acordo com Luana Pereira, integrante da equipe de auditoria, a fiscalização busca garantir o funcionamento adequado das unidades de saúde. “Verificamos a estrutura interna e externa, insumos e recursos humanos.”

O Auditor de Controle Externo, Ercildo Araújo, reforçou a importância do acompanhamento contínuo: “Nossa missão é monitorar se os problemas apontados anteriormente foram solucionados.”

Para o secretário-geral de controle externo do TCE-RO, Marcus Cézar Filho, a fiscalização tem um propósito claro: “Melhorar a prestação do serviço de saúde e, consequentemente, a vida da população de Porto Velho e de Rondônia.”

Gestores podem ser responsabilizados

O TCE-RO enfatiza que a fiscalização tem caráter preventivo e corretivo. Caso as determinações não sejam cumpridas dentro do prazo, poderão ser instaurados processos de responsabilização contra os gestores, garantindo o devido processo legal.

O presidente do TCE-RO, Wilber Coimbra, alertou sobre possíveis sanções: “Se confirmadas irregularidades por ação ou omissão, medidas serão aplicadas aos responsáveis.”

As fiscalizações continuarão sendo realizadas para garantir que as recomendações sejam seguidas e que o atendimento à população seja cada vez mais eficiente.

Por ASCOM TCE-RO | News Rondônia


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