O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é um tributo à luta pela igualdade racial e à resistência do povo negro no Brasil. A data remonta à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão.
A inclusão do ensino da história e cultura afro-brasileira, por meio da Lei 10.639/2003, e a transformação do 20 de novembro em feriado nacional a partir de 2024 reforçam a importância de reconhecer a contribuição negra na construção do país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei em dezembro de 2023, oficializando a data como feriado em todo o Brasil.
“O Brasil precisa lembrar que sua história foi erguida sobre a força, a cultura e o trabalho do povo negro. Reconhecer isso é essencial para avançarmos como sociedade”, afirmou o historiador e ativista cultural João Alberto dos Santos.
Essa mudança histórica simboliza um avanço na luta contra o racismo estrutural. Como destacou a socióloga Marina Ribeiro: “O Dia da Consciência Negra não é apenas sobre o passado, mas sobre o presente. É um chamado para refletirmos sobre as desigualdades que ainda persistem.”
A oficialização do feriado nacional busca ampliar debates e reflexões em todo o território brasileiro. “A celebração de Zumbi e dos quilombos é um resgate de nossa memória coletiva e um reforço da importância de políticas de igualdade racial”, completou o educador Renato Cardoso.
Neste contexto, o Dia da Consciência Negra se torna não apenas uma homenagem, mas um marco de luta e reflexão sobre a construção de uma sociedade mais justa, onde todos possam compartilhar das mesmas oportunidades e direitos.